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quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Pochmann prevê fase de baixa na economia com ataque a direitos.
Economia
Pochmann prevê fase de baixa na economia com ataque a direitos
Afastamento de Dilma Rousseff e início do governo Temer retoma conceitos neoliberais dos anos 1990, diz o economista Marcio Pochmann: 'O que vem agora serão tentativas de retrocesso'.
A depender, no entanto, das medidas de contenção fiscal pretendidas pelo governo, a economia continuará patinando sem resultados concretos que apontem para a retomada do crescimento e geração de emprego e renda. “Não vejo medidas que possam tirar o país do quadro recessivo em que se encontra e esse momento de recessão vai ser utilizado agora pelas forças que ficaram entre 2003 e 2015 no poder, em que os governos liderados pelo PT praticamente suspenderam os ataques aos direitos sociais e trabalhistas que predominaram durante os governos neoliberais nos anos 1990”, afirmou Pochmann. “Todas as tentativas de reduzir direitos e prejudicar o trabalhador foram de certa maneira suspensas nos governos entre 2003 e 2015”, enfatizou.
Segundo o economista, o quadro econômico do país é difícil “porque as tentativas de recuperação estarão basicamente em cima da redução das conquistas que foram obtidas pelo PT. Nós podemos até recuperar a ocupação da capacidade ociosa, provocada pela recessão, mas dificilmente teremos a capacidade de ampliar os investimentos. Anuncia-se uma fase, dois anos aí, de baixa na economia, sem a possibilidade de sustentar os direitos sociais e trabalhistas”.
Indagado sobre a influência da decisão do Senado nas eleições municipais deste ano, Pochmann afirma que o fim do processo torna mais clara a posição dos eleitores e dos candidatos. “Na situação na qual estávamos vivendo pairava uma certa dúvida de qual seria o desfecho do governo da presidenta Dilma. Agora isso está consolidado, a não ser que tenha ainda uma disputa jurídica, mas de toda maneira essa fase fica bem mais clara para candidatos e eleitores na perspectiva política, embora a campanha seja focada nos problemas locais, da população, das cidades.”
Para Pochmann, o impeachment significa o desfecho do terceiro turno das eleições de 2014. “Diferentemente das eleições anteriores, a de 2014 fez com que o grupo perdedor não aceitasse o resultado, e não permitisse que um governo eleito pudesse realizar o seu mandato. Tentaram interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff primeiro não aceitando a contagem dos votos, pediram a recontagem, e posteriormente mantendo a máquina eleitoral bastante ativa, sendo que as forças que ganharam se desfizeram do processo eleitoral, buscando manter efetivo seu governo”. O economista destaca que as forças que foram derrotadas em 2014 “hoje comemoram uma vitória imposta de forma antidemocrática”.
Fonte: Rede Brasil Atual
Faculdade Nacional de Direito repudia golpe contra Dilma Rousseff.
Brasil
Faculdade Nacional de Direito repudia golpe contra Dilma Rousseff
A Egrégia Congregação da Faculdade Nacional de Direito (FND) publicou, nesta quarta-feira (31), uma moção de repúdio ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. No documento, afirma ver “desconformidade com os princípios mais fundamentais ao devido processo legal, bem como injustificável pela ausência de comprovação de crime de responsabilidade suficiente ao ensejo de legítima destituição de mandato presidencial”.
Beto Barata/PR
A posse do presidente ilegítimo Michel Temer ameaça as conquistas sociais obtidas nos últimos anos
O documento denuncia a gravidade do golpe: “Para além das preferências políticas, o impedimento da máxima mandatária sem a clareza da responsabilidade por crime representa uma fratura democrática com consequências desastrosas para a história do país, da qual é exemplo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016 posta em tramitação ainda durante o governo interino e que prevê um novo regime fiscal com o estrangulamento financeiro do setor público brasileiro e o engessamento dos investimentos na saúde e na educação pelos próximos 20 (vinte) anos.Por fim, a Faculdade Nacional de Direito “rememora a luta de estudantes, técnicos e professores que resistiram a golpes de Estado e denunciaram tentativas de assalto a direitos e liberdades, vem a público repudiar e alertar quanto às graves consequências em caso de aprovação da PEC 241, em particular para a Universidade Pública que será severamente afetada.
Do Portal Vermelho
Como é o dia de um golpe?
Cultura
Como é o dia de um golpe?
Henri Cartier-Bresson
“As crianças estão indo para a escola na hora em que o golpe acontece”
Então é assim um golpe? No dia em que ele acontece, as pessoas vão de manhã comprar pão. No dia do golpe tem fila no banco. As crianças estão indo para a escola na hora em que o golpe acontece. O vizinho esquece o agasalho e volta para buscá-lo.
Por Ricardo Lísias*
Quando vai ter o golpe as pessoas estão no ponto de ônibus, o trânsito está pesado, a feira cheia de gente e, inclusive, vence um boleto no dia do golpe.
Esses dias que nunca deviam existir são muito parecidos com os outros. A gente demora um pouco para descobrir de onde vem tanta dor. É de lá do passado.
O dia de um golpe acumula a dor de todos os outros.
*Ricardo Lísias é escritor, autor de Cobertor de Estrelas e outras obras
Leandra Leal encara golpistas: “a resposta virá de novo nas urnas.
Cultura
Leandra Leal encara golpistas: “a resposta virá de novo nas urnas”
A atriz global Leandra Leal, que atualmente integra o elenco da série Justiça, da Rede Globo, usou sua conta pessoal no Twitter para rechaçar o golpe de Estado consolidado neta terça-feira (31) contra Dilma Rousseff.
Divulgação
Atacada com argumentos rasos sobre a Lei Rouanet, a atriz rebateu: “Minha ideologia não está à venda”
“Estou extremamente triste e decepcionada com essa farsa. Feliz é aquele que acredita que isso foi justo, que isso não é um golpe”, disse a atriz.Imediatamente ela foi atacada por internautas que, aparentemente, apoiam o golpe. Acusada de “vendida” com associações errôneas sobre a Lei Rouanet, a atriz respondeu às ofensas e manteve sua posição antigolpe.
“Se você acha que artista que é contra o golpe foi comprado pela Lei Rouanet: 1º - Fora Temer, 2º - Pesquise a Lei, 3º - Minha ideologia não está à venda”, afirmou.
Decepcionada com o resultado da votação do Senado que destitui Dilma da Presidência da República, Leandra afirmou que “a resposta virá de novo nas urnas”.
Do Portal Vermelho
Golpe no Brasil é uma agressão aos povos e nações da América Latina.
Brasil
Golpe no Brasil é uma agressão aos povos e nações da América Latina
Partidos comunistas e revolucionários de toda a América Latina e do Caribe reuniram-se de sexta (26) a domingo em Lima, Peru, num encontro para analisar a atual conjuntura regional, as experiências de governo, de lutas políticas de massas e o embate contra a ofensiva neoliberal e conservadora
Reprodução
No encerramento, foi aprovada por aclamação uma moção de solidariedade ao povo brasileiro e de dura condenação ao golpe de Estado. Do Brasil participaram o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Conheça abaixo à integra do documento.Leia a seguir a Moção de Solidariedade ao Povo Brasileiro, à presidenta Dilma Rousseff, ao PT e ao PCdoB
Os Partidos Comunistas e Revolucionários reunidos em Lima, Peru, manifestam plena solidariedade ao povo brasileiro, a presidenta legítima, Dilma Rousseff, ao Partido dos Trabalhadores, ao Partido Comunista do Brasil e a todas as forças progressistas do país, no momento em que se realiza o golpe de Estado com caráter antidemocrático, antipopular e antinacional.
Este golpe pretende liquidar as conquistas democráticas, sociais e nacionais que o povo brasileiro obteve com a vigência, durante 13 anos, de governos progressistas de Lula e Dilma. O golpe de Estado no Brasil é parte da estratégia do imperialismo e das classes dominantes brasileiras de monopolizar o poder político como uma condição sine qua non para explorar o povo e saquear a nação.
As forças golpistas, durante o governo interino e usurpador nos últimos 100 dias, estão executando uma contrarreforma política, uma regressão antidemocrática do Estado brasileiro, a liquidação dos avanços sociais, total abertura ao capital financeiro internacional, o retorno da privatização, a submissão aos ditames do capital monopolista, e tem se comprometido a promover a derrogação das leis que garantem os direitos sociais e trabalhistas, e um retrocesso civilizatório, com ameaças de revogação de direitos civis e direitos humanos. No plano da política exterior, os golpistas estão liquidando as conquistas de uma política independente, que assegurou a integração regional, a solidariedade e a inserção do Brasil no mundo, a partir de uma visão contrária à hegemonia das grandes potências e em defesa da paz mundial.
O golpe de Estado no Brasil é uma agressão a todos os povos e nações amigas da América Latina, e por isso o condenamos e rechaçamos energicamente.
Fonte: Resistência
O golpe no Brasil significa voltar ao passado, diz Cristina Kirchner.
Brasil
O golpe no Brasil significa voltar ao passado, diz Cristina Kirchner
A ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, enviou uma mensagem ao também ex-presidente Lula, sobre o golpe no Brasil. Para ela, o julgamento político contra Dilma Rousseff significa “voltar ao passado de pobreza e mediocridade para as grandes maiorias em benefício do imenso poder econômico de poucos”.
Divulgação
Dilma e Cristina foram presidentas durante o mesmo período
Cristina não hesita em afirmar que as mudanças drásticas de comando tanto no Brasil quanto na Argentina não são simples coincidências. “Qualquer coincidência como que aconteceu e está acontecendo em nosso país não é casualidade. É estratégia dura e pura, sobre a região, contra os governos nacionais, populares e democráticos e sobre seus líderes políticos”, escreveu a ex-presidenta na mensagem.Na mensagem enviada a Cristina, Lula falou sobre a “gravíssima situação política e institucional que o Brasil vive”. E deixou a amiga informada sobre os fatos que vem acontecendo no país desde a reeleição de Dilma em 2014. “[os grupos da oposição] bombarderam de maneira sistemática os esforços do governo para definir a política econômica no sentido de resistir ao crescente impacto da crise internacional e recuperar o crescimento sustentável”.
Em sua mensagem, Lula denunciou que a oposição “criou um clima artificial de beco sem saída politica e institucional, com efeitos profundamente danosos para a vida do país”.
Na Argentina, Cristina também vem sofrendo constantes ataques da mídia hegemônica, principalmente do grupo Clarín, sobre sua administração.
O julgamento político de Dilma Rousseff no Senado continua nesta terça-feira (30), a votação dos senadores deve acontecer na quarta-feira (31). Caso o impeachment seja aprovado, a presidenta será destituída do cargo que assumiu pela segunda vez em janeiro de 2015.
Do Portal Vermelho, com informações da Telesur
No Brasil, um estupro à democracia.
Brasil
No Brasil, um estupro à democracia
A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. Se é negra, jovem e pobre tem mais possibilidades de sofrer uma agressão. Os estudos de Antropologia deram um título a estes dados: cultura de estupro.
Por Martin Granovsky*
Agência Senado
Mas não é por suas debilidades políticas que os escravocratas do Brasil querem tirar Dilma. É para serem fiéis à cultura de estupro que praticam desde o século 16. Na imagem, Aloysio Nunes (PSDB)
Depois de assistir a sessão do Senado contra Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (29), qualquer um pode substituir a palavra “mulher” por “Constituição” e a palavra “negra” por “democracia” e verá que a teoria pode ser aplicada à política sem forçar nada. Nada.Os senadores da oposição avançaram um novo capítulo na violação das regras do devido processo. Violaram os direitos políticos de Dilma, que se não houver um milagre perderá a presidência e ficará inabilitada por oito anos para a política. E esmagaram os direitos humanos dos brasileiros: em outubro de 2014 votaram em primeiro se segundo turno por Dilma contra Acécio Neves e lhe deram a vitória. Desde aquela avalanche de 54 milhões de votos até hoje, com um golpe em marcha, passaram menos de dois anos.
“Agora, a ruptura democrática se dá por meio da violência moral e dos pretextos constitucionais para que ganhe aparência de legitimidade o governo que assume sem o amparo das Urnas”, disse Dilma. “Se invoca a Constituição para que o mundo das aparências encubra hipocritamente o mundo dos fatos”.
Não se trata de forma, porque na democracia a forma é questão de fundo. Uma constelação integrada pela grande banca internacional, os gigantes das empresas brasileiras, uma parte da Justiça, os megameios, todos os parlamentares do PSDB e a maioria dos legisladores do PMDB trata de construir aparências para violar a Constituição.
O Brasil não vive sob um regime parlamentarista. Mas o Congresso censura a presidenta que tem mandato até dia 31 de dezembro de 2018.
Os deputados devem fundamentar suas acusações contra Dilma como acontece em qualquer processo. Mas um deles justificou sua acusação honrando o oficial que torturou a presidenta quando era guerrilheira e outros dedicaram seus votos às mães e aos filhos.
Tal como denunciaram quatro congressistas diante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, restringiram até o tempo das testemunhas de Dilma. Ou seja, o direito à defesa. Quando foi notificado de que a petição havia chegado à CIDH, o chanceler José Serra disse: “são uns brutos, dirijam-se ao Senado”. Em política internacional a representação é assumida pelo Poder Executivo, não pelo Congresso. Um resumo e o texto completo da petição pode ser lido aqui. Para brutalidades sobre este tema, ou sobre a presidência pró-tempore do Mercosul, consultar Serra.
No Senado, vários senadores criticaram o desempenho de Dilma no governo. Mas num julgamento político os senadores são juízes, não parlamentares em meio a uma intervenção. Os juízes perguntam e depois sentenciam, não respondem.
O presidente da Corte Suprema, Ricardo Lewandowski, encarregado de dirigir as sessões do Senado, deixou alegremente que os senadores se esquivassem de seu papel de juízes. Mas corrigiu Dilma: “lhe peço que não fala mais nada sobre o governo interino”, depois que ela fez menções sobre o “governo usurpador” e “golpista”. “A condenação existe provas cabais de que se tenha cometido, dolosamente, um crime de responsabilidade fiscal”, explicou Dilma. “Sem crime, é golpe”, resumiu.
É equivocado pensar que o julgamento político sem direitos é uma coisa e a política outra. São duas caras da mesma moeda. Para observar o que ocorre no Brasil não precisa de nenhum jornal do futuro. Nenhum jornal de segunda-feira. Como citou a própria Rousseff, Temer já impôs limites de gasto fiscal até 2037 que sequer as políticas sociais poderão perfurar. Seu governo também impulsionou a redução de idade para aposentadoria e a terceirização trabalhista. “Vão precarizar”, anunciou o senador Roberto Requião, um dos poucos do PMDB fieis ao projeto original. “No Brasil não se poderá mais nem nascer, nem trabalhar”.
A Polícia Federal busca prender Lula, o único do PT em condições de competir as eleições presidenciais de 2018. As polícias militares (que no Brasil são as malditas estaduais) lubrificam cada vez mais o gatilho fácil, ou, como ontem [segunda-feira, 29], reprimem manifestantes em São Paulo. O futuro já chegou.
Dilma se enganou de interlocutores. Falou aos senadores, não ao povo. Mas não é por suas debilidades políticas que os escravocratas do Brasil querem tirá-la [da presidência]. É para serem fiéis à cultura de estupro que praticam desde o século 16.
*Martin Granovsky é licenciado em História, colunista do jornal Página 12, apresentador do canal CN23 e coordenador da TV do Clacso (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais)
Buenos Aires faz vigília contra o golpe no Brasil.
América Latina
Buenos Aires faz vigília contra o golpe no Brasil
No marco da jornada mundial para denunciar o processo de destituição de Dilma Rousseff impulsionado pela direita parlamentar brasileira, a cidade de Buenos Aires foi cenário de uma extensa jornada de luta na madrugada desta segunda-feira (30). Os argentinos passaram a noite em barracas, em vigília pela democracia no Brasil.
Coletivo Passarinho
O acampamento foi montado em frente à embaixada do Brasil em Buenos Aires
As atividades no Parque Lezama duraram mais de 24 horas. Os argentinos protestaram com música, palavras de ordem e indignação. Depois da jornada de luta, os manifestantes seguiram para a frente da embaixada do Brasil na Argentina, onde montaram um acampamento que deve permanecer durante todo o tempo que o processo de impeachment estiver acontecendo no Senado Federal em Brasília.As atividades foram organizadas pelo coletivo Passarinho, integrado por brasileiros que vivem em Buenos Aires, e apoiada por diversas organizações e movimentos sociais argentinos.
No acampamento, os manifestantes realizaram debates sobre os rumos políticos da América Latina. A conversa contou com a presença de militantes da Colômbia, Honduras, Guatemala, El Salvador e Haiti.
O coletivo Passarinho já organizou diversas atividades para denunciar o golpe no Brasil. São eles os responsáveis pela recepção com vaias e cartazes de rechaço do ministro interino das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, em visita à Argentina recentemente.
Do Portal Vermelho, com Resumen Latino-Americano
Evo Morales vai retirar embaixador do Brasil se golpe for consolidado.
Brasil
Evo Morales vai retirar embaixador do Brasil se golpe for consolidado
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou em sua conta no Twitter que, caso o golpe contra Dilma Rousseff se consolide, vai retirar seu embaixador, José Kinn, do Brasil por não reconhecer o processo de destituição da presidenta. Explicou que a medida se dá porque seu país defende “a democracia e a paz”.
AFP
Evo disse que seu país defende a democracia e a paz, por isso não compactua com o golpe contra Dilma
Para Evo, o julgamento político de Dilma é injusto e vergonhoso porque significa a concretização de uma conspiração do imperialismo norte-americano. “O único juiz que pode sancionar sua conduta política é o povo, os outros cumprem o vergonhoso encargo do império. Força, Dilma!”.Evo tem se posicionado com veemência em defesa de Dilma e da democracia brasileira. Nesta segunda-feira (29) ele também enviou uma série de mensagem de apoio à presidenta.
Ainda por meio de sua conta oficial no microblog, o presidente do país andino manifestou indignação com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) que não tem usado sua posição para interferir no processo de impeachment no Brasil como ele acredita que deveria ser. “Onde está Almagro? Quando se conspira contra governos democráticos de esquerda não há Almagro. [Ele] só aparece para defender a direita”.
A citação diz respeito à intenção de Almagro de invocar a Carta Democrática Interamericana da OEA contra a Venezuela devido à crise política que o país enfrenta.
O julgamento contra Dilma Rousseff deve encerrar nesta quarta-feira (31), depois que todos os senadores inscritos completarem sua participação no processo.
Do Portal Vermelho
Maduro denuncia investida imperialista contra o Brasil.
Brasil
Maduro denuncia investida imperialista contra o Brasil
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que há uma "investida imperialista" contra a presidente brasileira afastada, Dilma Rousseff, e contra outros líderes da América Latina e convocou simpatizantes à “resistência”.
Divulgação
Maduro diz que corre risco de vida com tentativa de golpe dos Estados Unidos contra seu país
"É uma investida imperialista contra todos, uma investida continental das oligarquias e da direita pró-imperial contra todos os líderes, governos e movimentos progressistas e populares da esquerda revolucionária", declarou o mandatário durante um ato que reuniu milhares de pessoas em Caracas.Segundo ele, a investida também atinge os presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Bolívia, Evo Morales, além de movimentos de esquerda na América Latina.
Nesse sentido, Maduro convocou seus simpatizantes à resistência pois, de acordo com ele, "somos milhões e esta batalha vai muito além das fronteiras da Venezuela".
Maduro comentou também o caso do vice-ministro boliviano Rodolfo Illanes, assassinado nesta semana durante um protesto de mineiros, episódio que, de acordo com Maduro, ocorreu para “gerar violência".
Ele citou também que os “ataques” de militares contra Rafael Correa no Equador, que teriam sido feitos com o objetivo de "criar uma crise militar".
A afirmação foi feita em referência a declarações do mandatário equatoriano de que alguns membros das Forças Armadas no país não reconheceriam sua autoridade.
Para o chefe de Estado da Venezuela, as ações “desestabilizadoras” na região pertencem ao que denominou como “novo Plano Condor”, que seria executado a partir dos Estados Unidos a fim de fazer “desaparecer as forças progressistas”.
"Eu digo ao imperialismo que, com Dilma no Brasil, com Evo na Bolívia, com Correa no Equador, com Daniel (Ortega) na Nicarágua (...), a Venezuela vai lutar por seu direito de ter um caminho soberano, independente e próprio", afirmou Maduro.
Ele acrescentou a existência de um suposto plano “golpista” contra seu governo, elaborado pelos EUA, e por isso pediu à população venezuelana que “paralise o país” caso o plano se concretize ou atentem contra sua vida.
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Do Portal Vermelho, com Opera Mundi
Impeachment de Dilma é traição da democracia, diz jornal mexicano.
América Latina
Impeachment de Dilma é traição da democracia, diz jornal mexicano
Um artigo publicado nesta quarta-feira (31) pelo jornal mexicano La Jornada afirma que o processo de impeachment de Dilma Rousseff é “um novo crime contra a democracia”, cometido por um Senado que tenta esconder “a vergonha de sua traição”.
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Cárdenas afirma que o objetivo do impeachment, encabeçado pelo presidente interino, Michel Temer, é buscar “proteção”
O texto, assinado pelo ex-dirigente do PRD (Partido da Revolução Democrática), Cuauhtémoc Cárdenas, diz que o possível afastamento definitivo da mandatária brasileira representa um “crime de traição”.“Estamos a horas de que se consume um crime: a imposição da traição sobre a lealdade, a ilegitimidade sobre o direito, a corrupção sobre a honradez, a delinquência sobre a honorabilidade, que isso e mais representam a destituição de Dilma Rousseff como presidente constitucional do Brasil”, diz o artigo.
Nesse sentido, Cárdenas cita o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “que trai sua própria história e trai a si mesmo no que foi e no que pode ser de bom para seu povo e para o solo em que nasceu”.
Segundo o texto, “esse novo crime contra a democracia e o direito” ocorre com “complacência” da comunidade internacional e, com exceções, os governos da América Latina observam a situação “com passividade”, “sem ver que, diante de qualquer desagrado que provoquem ao império, pode lhes ocorrer algo semelhante”.
O artigo comenta também as acusações de supostas irregularidades cometidas pelo governo de Dilma, “prática a que recorreram mais de uma centena de vezes governos anteriores”.
Cárdenas afirma que o objetivo do impeachment, encabeçado pelo presidente interino, Michel Temer, é buscar “proteção” para que figuras políticas não tenham seus atos de corrupção investigados.
O autor do artigo presta também solidariedade a Dilma e ao povo brasileiro, “que está buscando que não acabe por se romper a legalidade com os recursos que lhes outorga sua Constituição, suas leis e suas experiências de práticas democráticas e pacíficas”.
“A quem em nossos países aspira a transformações progressistas e democráticas por meios similares, nos corresponde brindar a mais ampla solidariedade a Dilma Rousseff e a quem luta com ela no Brasil pela recuperação do caminho da democracia, único que pode conduzir a um progresso sustentável e estável.”
O Senado brasileiro realizará, nesta quarta-feira (31), a sessão final de julgamento sobre o processo de impeachment de Dilma, que poderá ser afastada da Presidência de forma definitiva.
Fonte: Opera Mundi
Equador vai retirar embaixador do Brasil.
América Latina
Equador vai retirar embaixador do Brasil
O presidente do Equador, Rafael Correa, já anunciou que vai convocar o embaixador equatoriano do Brasil para consultas. O anúncio foi feito minutos depois da consolidação do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, através de sua conta no Twitter.
Em outra mensagem, enviou solidariedade a Dilma, Lula e a todo o povo brasileiro. Encerrou com a frase de Ernesto Che Guevara: “Até a vitória, sempre!”.
O chefe de Estado do Equador não havia falado sobre o impeachment nos últimos dias, durante o processo, mas foi o primeiro a se pronunciar assim que o golpe foi consolidado. Qualificou como “uma apologia ao abuso e à traição”.
*Matéria atualizada às 18h20
Do Portal Vermelho, Mariana Serafini
Cuba rechaça golpe no Brasil e se solidariza com povo brasileiro.
América Latina
Cuba rechaça golpe no Brasil e se solidariza com povo brasileiro
Logo depois que o golpe de Estado foi consolidado contra Dilma Rousseff, o governo de Cuba emitiu uma nota em rechaço à deposição da presidenta e em solidariedade ao povo brasileiro e à esquerda.
Presidência da República
O governo de Cuba enviou solidariedade à presidenta legítima Dilma Rousseff
No documento, a ilha comunista destaca os avanços sociais obtidos durante os governos de Lula e Dilma. Além de enfatizar a postura internacionalista do Brasil que se impôs no mundo com um país voltado ao diálogo e à conciliação.Leia a nota na íntegra:
O governo revolucionário da República de Cuba rechaça energicamente o golpe de Estado parlamentar-judicial que foi consumado contra a presidenta Dilma Rousseff.
A separação do governo da presidenta, sem que se apresentasse nenhuma evidência de crimes de corrupção, nem crimes de responsabilidade, e com ela o PT e outras forças de esquerda aliadas, constitui um ato de desacato à vontade soberana do povo que a elegeu.
Durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foi impulsionado um modelo econômico-social que permitiu ao Brasil dar um salto em seu crescimento produtivo com inclusão social, a defesa de seus recursos naturais, a geração de emprego, o combate à pobreza, a retirada da miséria de mais de 35 milhões de brasileiros que viviam em condições desumanas e a elevação de poder econômico de outros 40 milhões, a ampliação das oportunidades na educação e a saúde do povo, incluindo setores até então marginalizados.
Neste período, o Brasil tem sido um ativo impulsor da integração latino-americana e caribenha. A derrota do Acordo de Livre Comércio para as Américas (Alca), a convocatória da Cúpula da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc) que levou à posterior criação da Celac, e a constituição da Unasul, são acontecimentos transcendentais na história mais recente da região que demonstram o protagonismo deste país.
Além disso, sua projeção às nações do Terceiro Mundo, em especial da África; sua ativa participação no Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e seu desempenho no marco da Organização das Nações Unidos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial do Comércio, entre outras, constituem um reconhecimento às sua liderança internacional.
Merece elogio também o trabalho brasileiro sob os governos do PT em temas cruciais da situação internacional em defesa da paz, do desenvolvimento, o meio ambiente e programas contra a fome.
São amplamente conhecidos os esforços de Lula e Dilma para reformar o sistema político e ordenar o financiamento de partidos e suas campanhas, assim como o apoio às investigações contra a corrupção que foram abertas e a independência das instituições encarregadas delas.
As forças que agora exercem o poder anunciaram medidas privatizadoras sobre as reservas petrolíferas em águas profundas e cortes aos programas sociais. Igualmente, começam uma política exterior que privilegia as relações com os grandes centros de poder internacionais. Poucos dos que julgaram a presidenta não estão sob investigação por atos de corrupção.
O ocorrido no Brasil é outra expressão da ofensiva do imperialismo e a oligarquia contra os governos revolucionários e progressistas de América Latina e Caribe que ameaça a paz e a estabilidade das nações, contrariando o espírito e a letra da proclamação da América Latina e o Caribe como Zona de Paz, firmadas na 2ª Cúpula da Celac em janeiro de 2014, em Havana, pelos chefes de Estado e governo da região.
Cuba ratifica sua solidariedade com a presidenta Dilma e com o companheiro Lula, com o Partido dos Trabalhadores, e expressa sua confiança de que o povo brasileiro defenderá as conquistas sociais alcançadas, e será oposição determinada às políticas neoliberais que tentam impor e à exploração dos recursos naturais.
Havana, 31 de agosto de 2016
Do Portal Vermelho
Tradução: Mariana Serafini
Tradução: Mariana Serafini
Venezuela vai suspender relações com governo ilegítimo do Brasil.
América Latina
Venezuela vai suspender relações com governo ilegítimo do Brasil
Como era de esperar, o golpe parlamentar contra Dilma Rousseff não será bem visto aos olhos do mundo. A Venezuela já é o terceiro país que anuncia retirar seu embaixador do Brasil em rechaço ao ataque contra a democracia consolidado nesta terça-feira (31) - os outros dois são Equador e Bolívia. O presidente Nicolás Maduro qualificou o processo de impeachment como um “golpe oligárquico da direita”.
Presidência Venezuela
A Venezuela vai buscar formas de ajudar o povo brasileiro
Em nota oficial o governo anunciou que vai “congelar as relações políticas e diplomáticas com o governo resultante deste golpe parlamentar”. Além disso, o embaixador venezuelano no Brasil vai voltar à Venezuela. O país de Nicolás Maduro também se dispõe a desenvolver um “conjunto de consultas para apoiar o povo” do Brasil.No documento, a Venezuela denuncia que as “oligarquias políticas e empresariais, que em aliança com fatores imperialistas, consumaram o golpe de Estado contra a presidenta Dilma Rousseff, recorreram a artimanhas anti-jurídicas sob o formato de crime sem responsabilidade para chegar ao poder pela única via que é a possível: a fraude e a imoralidade”.
Por isso, a Venezuela “expressa sua solidariedade com a presidenta Dilma Rousseff, com os milhões de mulheres e homens que mediante voto direto e secreto elegeram a presidenta. Foi executada uma traição histórica contra o povo do Brasil e um atentado contra a integridade da presidenta mais honesta em exercício da presidência da República Federativa do Brasil”.
A nota denuncia que o golpe no Brasil integra um plano maior do imperialismo norte-americano de atentar contra os processos “populares, progressistas, nacionalistas e de esquerda”. Cujo único objetivo é “restaurar os modelos neoliberais de exclusão social e espoliação de nossas riquezas naturais que trazem consigo pobreza e atraso para nossos povos, e acabar com os modelos de genuína democracia e de integração unitária da região alcançados pelos presidentes Hugo Chávez, Néstor Kirchner, Lula, Evo Morales, Tabaré Vázquez e Rafael Correa.
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Do Portal Vermelho
Thierry Meyssan: Para Londres, a propaganda é uma arte.
Brasil
Thierry Meyssan: Para Londres, a propaganda é uma arte
Ninguém normal pode aceitar ver crianças a sofrer, por isso elas são bons temas para a propaganda de guerra. Thierry Meyssan faz no site Rede Voltaire uma digressão quanto ao uso de crianças pela Coligação Internacional durante a guerra contra a Síria.
Assim, no início da guerra, o Catar queria demonstrar que a República, longe de servir o interesse geral, desprezava o povo. A petro-ditadura difundiu, então, através do seu canal de televisão Al-Jazira, a lenda das crianças de Deraa, torturadas pela polícia. Para ilustrar a crueldade do seu adversário, o Catar precisou que lhes haviam arrancado as unhas. É claro, apesar das suas pesquisas, nenhum jornalista encontrou o mínimo traço destas crianças. A BBC bem difundiu a entrevista de duas, mas elas tinham as unhas intactas.
Como a mistificação não era verificável, o Catar lançou uma nova história: a de uma criança, de Hamza, Ali Al-Khatib (13 anos), que teria sido torturado e castrado pela polícia do "regime". Desta vez, dispunham de uma imagem de prova. Toda a gente podia observar nela um corpo sem sexo. Azar! A autópsia demonstrou que o corpo tinha sido mal preservado, que tinha fermentado e inchado. O ventre deformado escondia o sexo da criança, mais um fracasso.
No final de 2013, os britânicos tomaram a cargo a propaganda de guerra. Eles dispõem de uma longa experiência na matéria, e são considerados como os inventores da moderna propaganda com o Gabinete de Propaganda de Guerra, em ocasião da Primeira Guerra Mundial. Uma das características dos seus métodos é sempre o de ter recorrido a artistas, já que a estética neutraliza o espírito crítico. Em 1914, eles recrutaram os grandes escritores da época –-como Arthur Conan Doyle, H.G. Wells ou Rudyard Kipling— para publicar textos atribuindo crimes imaginários ao inimigo alemão. Depois, eles recrutaram os grandes jornais para espalhar as informações imaginárias dos seus escritores.
Assim que os norte-americanos assumiram o método britânico, em 1917, com o Comitê de Informação Público, eles estudaram com mais profundidade os mecanismos de persuasão com a ajuda do jornalista Walter Lippmann e do inventor da publicidade moderna, Edward Bernays (o sobrinho de Sigmund Freud). Mas, convencidos do poder da ciência, eles esqueceram a estética quanto a este assunto.
No início de 2014, o MI6 britânico criou a empresa Innovative Communications & Strategies(InCoStrat) [Comunicações Inovadoras e Estratégias] à qual se deve, por exemplo, os magníficos logos dos grupos armados, do mais "moderado" ao mais "extremista". Esta empresa, que dispõe de escritórios em Washington e em Istambul, organizou a campanha destinada a convencer os Europeus a acolher 1 milhão de refugiados. Ela realizou a fotografia de Aylan Kurdi, afogado numa praia turca, e conseguiu em dois dias fazê-la publicar, como manchete, nos principais jornais do Ocidente, em todos os países da Otan e do Conselho de Cooperação do Golfo.
Como eu tinha salientado que um corpo não pode ser rejeitado pelo mar perpendicularmente às ondas, o fotógrafo explicou, depois do golpe, ter deslocado o cadáver devido às exigências da foto.
Esta foto do menino Omran Daqneesh (de 5 anos), numa ambulância em Alepo Oriental, é, além disso, acompanhada de um vídeo. Os dois meios permitem atingir tanto a imprensa escrita como as televisões. A cena é tão dramática que uma apresentadora da CNN não resistiu a chorar, ao vivo, ao vê-la. É claro, quando se reflete a propósito, observa-se que a criança não é cuidada por socorristas, que lhe providenciem os primeiros socorros, mas, sim, por figurantes (os "White Helmets") que o sentam em frente à teleobjetiva.
Os realizadores britânicos não se importam com a criança que só lhes interessa para realizar as suas imagens. De acordo com a Associated Press, a fotografia foi tirada por Mahmoud Raslan, o qual vemos também no vídeo. Ora, segundo a sua conta do Facebook este homem é um membro de Harakat Nour al-Din al-Zenki (grupo apoiado pela CIA, que lhe forneceu mísseis antitanque BGM-71 TOW). Sempre segundo a sua conta do Facebook, e confirmado por um outro vídeo, foi ele pessoalmente quem, a 19 de julho de 2016, degolou uma criança palestina, Abdullah Tayseer Al Issa (de 12 anos).
As leis europeias enquadram de forma estrita o papel de crianças na publicidade. Manifestamente, estas não se aplicam à propaganda de guerra.
Fonte: Rede Voltaire. Tradução: Alva
The Guardian: mulheres lutam contra o impeachment sexista de Dilma.
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The Guardian: mulheres lutam contra o impeachment sexista de Dilma
Zuma Wire/Rex Shutterstock
Quando ela era presidente, o governo de Dilma Rousseff nem sempre gerou solidariedade entre as feministas. Houve muitas vezes uma linha marcada entre aqueles que tentaram trabalhar com seu governo no desenvolvimento de melhores políticas públicas e aqueles que rejeitaram seu governo, citando a falta de avanços em direitos reprodutivos, na esfera política e na educação durante seu mandato.
Ani Hao, no The Guardian
No entanto, quase todas as feministas concordam que seu impeachment foi sexista e discriminatório. Não apenas existem muitos políticos do sexo masculino que praticaram as tais pedaladas fiscais anteriormente – uso de recursos de bancos públicos para financiar programas sociais federais ou estaduais - aparentemente, sem quaisquer consequências, mas aqueles que votaram em seu impeachment estão sendo investigados por corrupção para ganho pessoal. Embora auditores independentes tenham descoberto que Rousseff não teve nenhuma participação nas pedaladas fiscais.
Desde o impeachment de Rousseff, milhares de mulheres em todo o Brasil se reuniram para expressar solidariedade com ela. Novos movimentos, como Mulheres Pela Democracia, surgiram, mulheres marcharam em protesto e até mesmo enviaram cartas para Rousseff, uma demonstração de empatia com a injustiça de sua expulsão e um alerta para as implicações futuras disso.
O congresso mais conservador desde o fim da ditadura militar no Brasil é agora responsável por um golpe político e por ataques crescentes aos direitos das mulheres.
Antes mesmo do impeachment, os políticos já haviam passado uma série de propostas desbastando os direitos das mulheres, incluindo um projeto de lei para definir a personalidade a partir do momento da concepção, e outra para definir a "família" na constituição como a união de um homem, uma mulher e seus filhos. Além disso, foram introduzidas formas de proibir a discussão de gênero no Plano Nacional de Educação e para criminalizar o aborto legal de vítimas de estupro. Houve ainda movimentos para fazer com que seja difícil acessar a contracepção de emergência e para aumentar a pena para o aborto.
Ao mesmo tempo, nenhum dos velhos problemas foi embora: a violência contra as mulheres ainda é endêmica e há uma aceitação generalizada da violência sexual na sociedade. Mais de 1 milhão de mulheres se submetem a abortos ilegais a cada ano.
No entanto, as mulheres têm lutado em números muito maiores e com vigor renovado. Em outubro do ano passado, durante o que foi apelidado de "spring feminista" do Brasil (Primavera das Mulheres), centenas de milhares de mulheres protestaram nas ruas e através das mídias sociais contra a violência sexual, pedofilia e as leis sexistas que visam limitar os seus direitos reprodutivos.
Mulheres e meninas mais jovens estão usando as mídias sociais e a tecnologia para se informar, debater e mobilizar. Elas declararam o seu apoio ao feminismo através de campanhas como: #MeuPrimeiroAssedio e #ForaCunha, que visam suprimir o político Eduardo Cunha.
No mês passado, centenas de milhares de mulheres unidas em todo o Brasil e na Argentina sob a bandeira: Por Todas Elas (para todas as mulheres), protestaram contra a cultura do estupro, depois que 33 homens estupraram uma menina de 16 anos de idade, no Rio de Janeiro.
Entre outubro de 2015 e janeiro 2016, a busca pela palavra "feminismo" no Google no Brasil aumentou 86%. Mais mulheres começaram a identificar-se como feminista, e até mesmo começou a utilização de um novo vocabulário, como a palavra "sororidade" - que não existe nos dicionários brasileiros e era praticamente desconhecida até 2015 - para descrever a solidariedade com outras mulheres.
Infelizmente, apesar do aumento da mobilização feminista, a situação ainda é sombria. O novo governo de Michel Temer tem regredido em termos de direitos das mulheres e das minorias e grupos indígenas. Sob a sua administração toda branca, toda de homens, os políticos estão tentando minar a Lei Maria da Penha, que foi uma vitória histórica na luta pela diminuição da violência doméstica e apoio as vítimas.
No entanto, o insulto final para as mulheres foi a nomeação da conservadora Fátima Pelaes como secretária de políticas para as mulheres. Pelaes já havia declarado que ela não aceita o aborto como uma opção legal para as mulheres que foram estupradas. Talvez não seja surpresa saber que desde que o governo interino assumiu o poder, o Fórum Econômico Mundial calculou que o país caiu no seu ranking da igualdade da posição 85, em 2015, para o número 107.
Em um ensaio, o golpe Patriarcal, Maria Betânia Ávila, socióloga, pesquisadora do SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia, e membro da Articulação de Mulheres Brasileiras, escreve: "O movimento feminista [no Brasil] está mostrando a sua capacidade de resistência e mobilização em defesa do mandato da primeira mulher presidente democraticamente eleita e pela legalidade democrática. Este é um confronto com o patriarcado, com chauvinistas masculinos e neoliberais ".
Em meio aos gritos de "Fora, Temer!", as feministas estão lembrando da necessidade de restabelecer Rousseff para assegurar que os futuros governos implementem reformas e políticas públicas que garantam os direitos humanos e a dignidade social e de combate à desigualdade. E pretendem continuar a gritar: "Sem as mulheres, não há democracia. Sem feminismo, não há democracia. "
Rússia expressa preocupação com operação militar turca na Síria.
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Rússia expressa preocupação com operação militar turca na Síria
Muro na fronteira entre a Turquia e Síria
O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, através de um telefonema, informou Lavrov sobre o andamento da operação para libertar a cidade síria de Jarablus do grupo terrorista Estado Islâmico.
"As partes trocaram opiniões sobre a situação na Síria. Lavrov expressou preocupação de Moscou sobre as ações por parte do exército turco e as unidades de oposição apoiadas por Ancara no norte da Síria, e o seu potencial impacto sobre os esforços de paz no conflito sírio", disse o ministério em um comunicado.
Em 24 de agosto, Ancara anunciou que as forças turcas, apoiadas por aeronaves da coalizão liderada pelos Estados Unidos, começaram uma operação militar para libertar Jarablus do Estado Islâmico.
Curdos sírios e Damasco acusam Ancara de violar a integridade territorial do país. Depois de recapturar a cidade, as tropas turcas começaram a bombardear as forças curdas localizadas ao sul da cidade.
Autoridades dos EUA pediram à Turquia e ao grupo curdo YPG para se concentrarem na luta contra o Estado islâmico, e não no combate entre si.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, manifestou a preocupação de Moscou sobre a operação militar do exército turco e da oposição síria apoiada por Ancara no norte da Síria.
"As partes trocaram opiniões sobre a situação na Síria. Lavrov expressou preocupação de Moscou sobre as ações por parte do exército turco e as unidades de oposição apoiadas por Ancara no norte da Síria, e o seu potencial impacto sobre os esforços de paz no conflito sírio", disse o ministério em um comunicado.
Em 24 de agosto, Ancara anunciou que as forças turcas, apoiadas por aeronaves da coalizão liderada pelos Estados Unidos, começaram uma operação militar para libertar Jarablus do Estado Islâmico.
Curdos sírios e Damasco acusam Ancara de violar a integridade territorial do país. Depois de recapturar a cidade, as tropas turcas começaram a bombardear as forças curdas localizadas ao sul da cidade.
Autoridades dos EUA pediram à Turquia e ao grupo curdo YPG para se concentrarem na luta contra o Estado islâmico, e não no combate entre si.
Fonte: Sputnik
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