quarta-feira, 31 de agosto de 2016

COMERCIO DO JAHU "Jaú está passando por maus bocados"

"Jaú está passando por maus bocados"

Ivan Cassaro quer mudanças na educação e hospital geral construído pela Prefeitura
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Ivan Cassaro: "Vamos montar uma secretaria específica na Prefeitura para cuidar da indústria e do comércio" BEATRIZ ZAMBONATO SANTOS
O candidato a prefeito Ivan Cassaro pretende estruturar secretaria para indústria e comércio, com foco na criação de empregos. A declaração foi feita em entrevista ao Comércio, na segunda conversa com os concorrentes. Cassaro, que pretende diminuir o número de funcionários comissionados, criticou a concessão do Serviço de Água e Esgoto do Município de Jaú (Saemja). A candidatura do empresário foi impugnada (questionada) pelo Ministério Público e por adversários, porque sua filiação ao PEN não foi reconhecida. Ele reforça que é candidato.
A entrevista original tem 40 minutos e vai ser disponibilizada na íntegra na próxima semana no Facebook do Comércio (www.facebook.com/comerciodojahu).

Comércio do Jahu – Qual é a situação da sua candidatura?
Ivan Cassaro – Eu sou candidato pelo PEN, sempre fui pelo PEN e nunca tive nada com o PMB. Essa é verdade dos fatos. Sou candidato sim, pelo PEN.
Comércio – A alegação é a de que você inclusive fez filmagens para o PMB. O que aquilo indicou naquele momento?
Cassaro – Eles me convidaram para fazer uma filmagem, como poderia convidar qualquer um de vocês. Não me declarei em nenhum momento que eu era candidato pelo PMB e sim pelo PEN, mesmo porque não existe nenhum documento que comprove minha candidatura pelo PMB.
Comércio – Como empresário, quais seus planos para o desenvolvimento econômico de Jaú?
Cassaro – Jaú está passando por maus bocados. Temos que socorrer o desemprego, que assombra nossa cidade. Em todas as casas, o pessoal pede emprego. Nós vamos montar uma secretaria específica na Prefeitura para cuidar da indústria e do comércio e principalmente dos calçados. Não vai ser um toque de mágica, mas com trabalho.
Comércio – Como seria essa secretaria? Hoje nós temos uma Secretaria de Desenvolvimento e Trabalho, seria mais uma?
Cassaro – Faria uma de verdade, com gente capacitada para cuidar. Tem muita diferença entre montar uma coisa para funcionar e alguma coisa que funcione corretamente.
Comércio – Você tem mencionado levar sua experiência da iniciativa privada para o serviço público, mas o serviço público tem outro funcionamento. Você consegue fazer essa distinção?
Cassaro – Eu vou ter uma facilidade muito grande, principalmente pelo meu dom em administrar. Eu vim do nada e construí tudo que eu tenho. É só administrar com pessoas que têm amor para trabalhar e que estão envolvidas.
Comércio – Que dificuldades você encontra no dia a dia como empresário que dependem da Prefeitura para ser resolvidas?
Cassaro – Hoje ela não faz nada de bom para as indústrias. Para conseguir qualquer documento, é um trabalho danado. Tem setores que funcionam muito bem na Prefeitura, mas tem setores que não funcionam.
Comércio – Você menciona no plano de governo que quer criar projetos da pré-escola à qualificação profissional. É uma gama muito grande de projetos. Como cuidar de todos esses núcleos de ensino?
Cassaro – Eu preciso ter um grupo, sozinho não consigo nada. Ontem uma senhora me disse que eu precisava fazer uma escola para os adultos. A gente vai cuidar com muito carinho disso.
Comércio – Você começou o período eleitoral criticando a concessão do Saemja. O que você faria diferente, considerando o diagnóstico que havia sido feito?
Cassaro – Foi mal conduzido, porque se o Saemja desse prejuízo, os empresários não comprariam. E eu não vejo na cidade nenhum trabalho de infraestrutura.
Comércio – Há uma proposta de construir um hospital em Jaú. Você sabe quanto custaria?
Cassaro – Eu construí os prédios das minhas empresas. Hoje, para fazer 1 metro quadrado, só de parede, custa R$ 50. Não se gasta o dinheiro que o pessoal determina, o que é caro é o equipamento e o funcionamento, e o governo do Estado tem que nos ajudar. A Santa Casa foi feita há cem anos, você acha que é compatível o número de leitos da Santa Casa para atender Jaú e a região?
Comércio – O contrato com a Santa Casa seria rompido?
Cassaro – Não penso em romper. Vamos estudar sobre isso, eu tenho um grupo e nós vamos analisar os assuntos da cidade. Ninguém é absoluto.
Comércio – Naturalmente, se o candidato vence as eleições, os apoiadores querem continuar na Prefeitura. Você vai conseguir dizer não?
Cassaro – Pessoas que vinham me apoiar não exigiam nada. Ninguém até agora falou para mim porque eu conversei com o pessoal para não confundir nada.
Comércio – E com relação aos funcionários concursados? Como satisfazer o funcionalismo público sem onerar muito os cofres públicos?
Cassaro – Todo funcionário tem que ter seu incentivo, porque a pessoa não pode ficar na mesmice, as pessoas gostam de progredir. Os concursados estavam cientes que trabalhariam dessa forma, mas eu administro as empresas de forma diferente. Nunca damos o que a lei manda, damos sempre a mais.
Comércio – Se você for eleito, como vai conciliar com suas empresas?
Cassaro – Hoje meus filhos estão tocando e um grupo treinado por mim que resolve todos os problemas. Vou me dedicar exclusivamente.
Comércio – Muita gente comenta que você estaria intencionado em lançar seu filho caso seu processo de filiação ao PEN não prospere. Isso procede?
Cassaro – Não, isso é boato para desestruturar a candidatura e o pensamento do povo. Ele não tem tempo para isso, é muito novo.

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