Na volta do recesso, PT espera fortalecer a mobilização na CPI da Merenda

Zico Prado espera que a comissão vote os requerimentos e as convocações feitas pelo PT assim que os trabalhos forem retomados

Por Claudio Motta Jr | Linha Direta
Sábado, 30 de julho de 2016

O PT vai fortalecer a mobilização na CPI da Merenda na volta do recesso. O aviso foi feito pelo líder do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado José Zico Prado, em entrevista ao Linha Direta.

O deputado afirma que o partido aproveitou o recesso para dialogar com os mais diversos segmentos, como as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e voltará mais mobilizado. "Fizemos boa mobilização e voltaremos com tudo engatilhado", disse.

A Assembleia Legislativa volta do recesso na terça-feira e a primeira reunião da CPI da Merenda, no segundo semestre, já acontece na quarta-feira (03).

Embora saiba que no início os deputados devam debater os encaminhamentos da CPI, o líder do PT espera que a comissão vote os requerimentos e as convocações feitas por petistas logo na volta.

Na primeira reunião, embora sem pauta definida, a comissão deve começar a analisar os documentos enviados pela Secretaria Estadual da Educação e pela Corregedoria Geral do Estado.

Com apenas um membro, contra 8 integrantes da Base de Alckmin, a oposição espera apoio dos movimentos sociais nessa etapa. "Precisamos de torcida. Oito contra um fica muito difícil", disse.

Os estudantes secundaristas que ocuparam a Alesp para cobrar a instalação da CPI estiveram presentes nas três primeiras reuniões da comissão e garantiram que vão seguir pressionando.

Zico afirma que a bancada petista já ingressou com ação na justiça pedindo mais uma vaga no colegiado para o PT e agora aguarda o julgamento.

Segundo ele, toda a bancada está mobilizada para acompanhar os trabalhos da comissão e não deixar a bancada governista mudar o foco. "Temos que investigar os tucanos, tudo que acontecia no Palácio dos Bandeirantes", frisou.

Os petistas pretendem investigar os repasses que a Coaf, responsável por parte dos alimentos fornecidos às escolas, supostamente fazia a deputados federais, estaduais e funcionários do governo Alckmin, entre os quais Luiz Roberto dos Santos, o `Moita`, ex-chefe de gabinete da Casa Civil, e Fernando Padula, ex-chefe de gabinete da Educação.

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