- COMERCIO DO JAHU
Paulo de Tarso defende disponibilização de informações e corte de aluguéis e cargos comissionados
O candidato a prefeito Paulo de Tarso Nuñes Chiode (PHS) acredita que é possível cortar gastos com aluguéis de repartições públicas e cargos comissionados (de confiança), mesmo coligado com um partido grande, o PSDB. Para o médico, a gestão da saúde precisa de melhor estrutura – ele também defende a manutenção do convênio com a Santa Casa para a gestão do pronto-socorro. O ex-vereador propõe canais de transparência mais eficientes para fornecimento de informações públicas.
A entrevista original tem 40 minutos e vai ser disponibilizada na íntegra na próxima semana no Facebook do Comércio (www.facebook.com/comerciodojahu).
Comércio do Jahu – Como foi montada a coligação de vocês e o que o nome “Juntos por Jaú” explica?
Paulo de Tarso Nuñes Chiode – São partidos que têm ideais em comum e com histórico de lutas pelo nosso Município. Nosso interesse era comum.
Comércio – Em momentos anteriores, seu grupo e o PSDB estiveram em lados opostos. Há algum constrangimento?
Chiode – De forma alguma. Uma coisa é ser adversário político, a outra é ser inimigo político. Embora em canoas diferentes, estão todos remando para o mesmo sentido. O PSDB sempre foi uma ferramenta política importante, com obras irrefutáveis. Comecei minha vida política no PSDB e me sinto em casa.
Comércio – Seus primeiros programas abordam a questão da saúde. Quais são suas propostas concretas para essa área, sabendo do “cobertor curto”?
Chiode – Saúde não tem preço, mas tem custo, e a função do prefeito é que esse cobertor curto aqueça a maior parte da população. É função dele gerar empregos. Um prefeito que desenvolve seu município estimula recursos para a saúde. Priorizar ações e enxugar a máquina administrativa são medidas de saúde. Não se age na saúde simplesmente colocando remédio no posto.
Comércio – O senhor é a favor da manutenção do convênio com a Santa Casa?
Chiode – A Santa Casa é um aparelho de saúde por demais importante. As filantrópicas suportam e muito a incompetência administrativa do Estado. É uma parceria muito importante, que tem que ser mantida, respeitada e implementada.
Comércio – Qual sua opinião sobre as cooperativas que fornecem médicos e o programa Mais Médicos?
Chiode – O Mais Médicos vem através de um governo que quis implantar de uma maneira populista um suposto atendimento de qualidade. Todos nós sabemos que isso foi uma balela. Médico gosta de atender paciente, o que esse governo irresponsável faz é não dar a estrutura mínima necessária. A cooperativa é uma solução imediata para um problema crônico.
Comércio – Na proposta de governo, vocês falam na recriação do cursinho pré-vestibular. Sobrarão recursos?
Chiode – A prioridade do Município são as novas gerações. Jaú tem esse potencial. Os jovens estão sendo mal estimulados. Isso não é questão de gasto, é investimento. Tem muita coisa para cortar.
Comércio – O que dá para cortar nos primeiros cem dias?
Chiode – Vamos rever os aluguéis. Quanto aluguel desnecessário. A cidade ganhou um polo da Companhia Jauense. Alguém já pensou em levar todas as secretarias, em um único local, de fácil acesso? Cargos comissionados: salvo engano, a migração do prefeito do partido que ele estava para o partido que ele foi teve que gerar a criação de alguns postos de trabalho com comissionados.
Comércio – Os cargos comissionados são acordos políticos. A fatura vem. Você se compromete a dizer não?
Chiode – Se você está procurando um político para votar, talvez eu não seja o candidato. Se está procurando alguém técnico, sou eu.
Comércio – Como médico, você vai conciliar com a Prefeitura ou vai abandonar a medicina nesse período?
Chiode – Eu quero, através do nosso conhecimento médico, enquanto prefeito, que os nossos profissionais da área da saúde tenham o recurso necessário para atingir a plenitude do cumprimento das suas tarefas. Eu vou estar atuando na Prefeitura, o meu tempo vai ser dedicado diuturnamente à Prefeitura.
Comércio – O ex-prefeito João Sanzovo aparece no seu programa mais que seu candidato a vice. Qual o papel que ele terá na administração?
Chiode – Eu tenho que agradecer muito ao João. É uma pessoa respeitada, tendo uma pessoa com peso político cedendo para gente essa amizade e essa parceria muito nos honra. Eu gostaria muito de ter nele um conselheiro.
Comércio – Sua proposta fala muita em transparência. Em sua avaliação, o que é sigiloso na administração pública?
Chiode – Só meu celular particular...
Comércio – Nos faz supor que todas as outras informações estarão disponibilizadas...
Chiode – Têm de estar disponibilizadas. Prefeitura não pertence ao prefeito, temos que desburocratizar. Quem tem que ter medo de polícia é bandido. As informações que estão ali têm que ter acesso. O fiscal principal é a população.
Comércio – Quanto custaria o projeto do videomonitoramento?
Chiode – Não é questão apenas do custo de instalação, mas do custo de sua não-execução. As cidades que têm o videomonitoramento viram os índices de assalto, roubo e a violência caírem. A capacidade de tipificar, mostrar e apontar as pessoas envolvidas em delito facilitou muito.
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